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Colocada do lado de fora da casa, ela é dividida em duas partes. De um lado fica o medidor de consumo instalado pela concessionária e, paralelamente, o dispositivo de proteção - disjuntor ou chave seccionada acoplada a fusíveis. Em caso de sobrecarga ou curto-circuito, o dispositivo interrompe a corrente elétrica. Para regiões litorâneas e úmidas a caixa deve ser produzida em fibra de vidro. Para as demais, os modelos metálicos não apresentam inconvenientes.

Os de metal ou fibra de vidro são melhores, devendo ser descartados aqueles produzidos em materiais combustíveis, como, por exemplo, madeira. Nesse quadro, os circuitos que compõem a instalação devem estar agrupados separadamente, conforme indica a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): um para iluminação, outro para tomadas em geral, mais um outro para tomadas de cozinha, além de um circuito exclusivo para cada aparelho com potência superior a 1.000W, como microondas, lava-louças e chuveiros, devido a alta carga que possuem. Essa distribuição é mais segura e tem um caráter prático: se alguma tomada sofrer pane, a iluminação do ambiente não será comprometida, facilitando o conserto.

São essenciais para proteger a instalação contra sobrecargas ou curto-circuitos. Os antigos e tradicionais fusíveis contêm um condutor metálico que se rompe (queima) quando a intensidade da corrente é superior à sua capacidade, de acordo com a instalação. Depois de queimado ele pode ser substituído, mas, no caso de voltar a queimar, é conveniente buscar um eletricista para descobrir a causa dessas contínuas interrupções de corrente. São fabricados em papelão resistente (tipo cartucho), cerâmica e resina, não havendo grandes diferenças quanto ao funcionamento. Os disjuntores atuam da mesma forma, mas têm a vantagem de não requerer substituição: eles desligam a corrente quando percebem alterações e podem ser rearmados em seguida. São considerados mais práticos e eficazes do que os fusíveis.

Trata-se de um dispositivo de segurança de uso recomendado pela ABNT e conhecido pela sigla DR. Trata-se de um disjuntor supersensível às menores fugas de corrente, ocasionadas, por exemplo, por fios descascados ou por uma criança que introduza o dedo ou qualquer objeto numa tomada. De atuação imediata, ele interrompe a corrente assim que verifica anomalias. É possível instalar um único DR na caixa de medição ou um para cada circuito, nesse caso, colocados no quadro geral.

São conduítes por onde correm os fios e cabos que formam a instalação. Podem ser encontrados em ferro, aço esmaltado ou galvanizado, ou ainda em PVC, o mais prático. Quando necessária, a conexão desses tubos é feita com peças apropriadas a cada uso: curvas para cantos de parede, luvas para linhas retas e buchas e arruelas no encontro com caixas de tomadas e interruptores.

Servem para unir fios e cabos existem três opções: a tradicional fita isolante, que deve ser de alta qualidade; os pequenos conectores em plástico por fora e metal internamente que seguram os fios por meio de pressão; ou ainda os conectores maiores, em formato de cubo ou barra, produzidos em plásticos ABS, cerâmica ou polietileno, que seguram os fios através de pequenos parafusos.

São condutores de energia que se diferenciam apenas quanto à forma e aplicação. O fio é formado por um único condutor, não flexível e utilizado em instalações retilíneas ou quando existirem somente curvas suaves. O cabo é constituído por um conjunto de fios, isolados ou não entre si, próprios para instalações com curvas acentuadas e para aparelhos elétricos em geral, devido à sua grande flexibilidade. Tecnicamente eles são iguais, pois com a mesma bitola - área condutora - têm idêntica capacidade de condução de energia. De acordo com as normas da ABNT, seu revestimento, geralmente em PVC, deve ser isolante e antichama, o que é identificado pela sigla BWF impressa em toda a sua extensão. O condutor deve ser em cobre ou alumínio, sempre da mais alta pureza, facilitando a passagem de energia e evitando perdas. A corrente a ser transportada é que determina a bitola necessária. Ela varia de 16 e 50mm² no percurso entre os quadros de entrada e distribuição e cai para áreas condutoras de 2,5 a 6,0mm², quando destinada a atender equipamentos de 110 ou 220V.

É feita a partir do quadro de distribuição, os fios ou cabos são conduzidos a diversos pontos da casa, chegando até soquetes, interruptores ou tomadas. Quanto aos soquetes para lâmpadas incandescentes, existem dois tipos: os de porcelana e os de baquelita, mais indicados para uso em abajures. Já as fluorescentes exigem soquetes especiais (de aperto ou carrapicho). As caixas de tomadas e interruptores (em geral com medidas de 4" x 2" ou 4" x 4") são produzidas em metal ou em PVC e podem ser encontradas também no formato octogonal. Quanto às tomadas, existem dois tipos: bipolar (dois pólos, como a de um secador ou a da TV) e a tripolar (dois pólos mais o terra, como a do computador), ambas com entrada para plugues redondos ou chatos. Embora poucos produtos nacionais tenham plugues tripolares, esse é o tipo de tomada mais seguro e de uso recomendado pela ABNT. Vale lembrar que para intensidades de corrente superior a 15 ampères devem ser instaladas tomadas específicas. Os interruptores podem ter ligação simples, paralela, (acionamento em dois pontos diferentes) e intermediária (liga e desliga em três pontos distintos). A escolha depende das conveniências.

Entre as lâmpadas de uso residencial disponível no mercado, duas exigem peças especiais para seu funcionamento: as fluorescentes precisam de reatores - dispositivos de partida - subdivididos em convencional e os de partida rápida (simultânea ao toque no interruptor). Para as dicróicas, que funcionam em 12V, é imprescindível um transformador para 110 ou 220V, normalmente vendido em conjunto com as próprias lâmpadas.

São vários os tipos e modelos para uso residencial, e a escolha vai depender apenas dos gostos de cada um e da linha adotada pelo projeto.

O desperdício de energia é um problema que tem duas causas principais: ineficiência de processos, instalações e equipamentos e o uso irracional da energia. Uma das conseqüências da ineficiência em processos, instalações e equipamentos é o aumento das perdas por efeito Joule ( I²x R ).
Essas perdas são função da corrente e da resistência, e ocorrem em transformadores, sistemas de transmissão e distribuição, circuitos terminais e motores, geralmente por operarem fora das condições de projeto e devido a modificações realizadas nas instalações ao longo do tempo.
Algumas das causas são emendas mal feitas, utilização de materiais de má qualidade (fios de 2ª categoria, materiais elétricos feitos de metais ferrosos banhados de cobre ou latão), desbalanceamento de fases, sobrecarga nos circuitos e transformadores e motores mal dimensionados, entre outras.
Já o uso irracional da energia é conseqüência de maus hábitos e ações. Como exemplos, podemos citar o costume de se deixar a luz acesa ou manter equipamentos eletrônicos ligados sem necessidade, o uso de "benjamins", o ajuste de aparelhos de ar condicionado e geladeiras para temperaturas desnecessariamente baixas, a utilização de iluminação artificial em locais passíveis de iluminação natural, a realização de serviços de limpeza em edifícios de escritórios à noite (mantendo-se todo o prédio iluminado durante esse período).

Fenômenos naturais que podem matar pessoas, causar incêndios e danificar aparelhos eletroeletrônicos, as descargas atmosféricas sempre foram um transtorno para a população. Vilões em várias tragédias, os raios podem trazer muita dor de cabeça se não observamos algumas medidas de segurança. Campeão em incidência de raios, o Brasil é constantemente palco de histórias alarmantes. Blackouts, incêndios, mortes, prejuízos... Basta chover e as más notícias aparecem. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país é atingido por 70 milhões de descargas elétricas por ano, o equivalente a três raios por segundo! E os grandes centros urbanos são as principais áreas afetadas, já que estudos indicam que a poluição atmosférica e as ilhas de calor contribuem para a ocorrência de raios.
Uma descrição simplificada pode classificar um raio como um curto-circuito entre a nuvem e a terra, um fenômeno da natureza imprevisível e aleatório que ocorre quando a energia acumulada em uma nuvem atinge um valor crítico e rompe a rigidez dielétrica do ar. Felizmente estes eventos são estudados há muito tempo e as medidas de prevenção estão em um estágio bem avançado. A instalação do pára-raio, tecnicamente chamado de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), é o meio mais adequado de proteger uma edificação e as pessoas que estejam em seu interior.
Vale lembrar que para garantir a segurança e eficiência do sistema, o projeto deve ser elaborado segundo os preceitos da norma NBR 5419 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Dicas para um bom projeto de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas:
• Os condutores de descida são distribuídos ao longo do perímetro da edificação, de acordo com o nível de proteção, com preferência para as quinas principais.
• Em edificações acima de 20 metros de altura, os condutores das descidas e dos anéis intermediários horizontais devem ter a mesma bitola dos condutores de captação, devido à presença de descargas laterais.
• Para minimizar os danos estéticos nas fachadas e no nível dos terraços, pode-se utilizar condutores chatos de cobre.
• A malha de aterramento deve ser com cabo de cobre nu #50mm² a 0,5m de profundidade no solo, interligando todas as descidas.
• Os eletrodos de aterramento tipo copperweld devem ser de alta camada (254 microns). Os eletrodos de baixa camada não são permitidos.
• As conexões enterradas devem ser preferencialmente com solda exotérmica. Se forem usados conectores de aperto, instala-se uma caixa de inspeção de solo para proteção e manutenção do conector.
• As equalizações de potenciais devem ser executadas no nível do solo e a cada 20 metros de altura, onde são interligadas todas as malhas de aterramento, bem como todas as prumadas metálicas, além da própria estrutura da edificação.
• As tubulações de gás com proteção catódica não podem ser vinculadas diretamente. Neste caso deve-se instalar um DPS tipo centelhador.
• Lembre-se que o cobre é o melhor condutor de energia e tem papel fundamental na instalação dos pára-raios que protegem o seu patrimônio da sua vida.

Mitos e verdades:
“Um raio não cai duas vezes em um mesmo lugar”. Quantas vezes já ouvimos isso! Pois saiba que é uma grande bobagem!!! É comprovado que um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar. Outras crenças populares contribuem para que as pessoas tenham dúvidas sobre este assunto e continuem se arriscando. Uma das mais comuns é a de se achar que estamos protegidos pelo pára-raios do vizinho. Grande erro.
Há uma confusão ainda maior. Muitos acreditam que os pára-raios possam atrair os raios para suas edificações e, por medo, se recusam a instalá-los. Na realidade o pára-raios é um caminho seguro para conduzir a energia gerada pelo raio à terra. Mais uma dúvida comum.
Os pára-raios não protegem os equipamentos eletroeletrônicos. Para isso devem ser usados o aterramento elétrico (fio terra) e supressores de surto. Todo o sistema de aterramento deve ser equipotencializado.

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